quinta-feira, 23 de abril de 2009

Mentiras sinceras me interessam... (será?)

No último post da Pri, ela me pediu “ajuda”, perguntando por que os meninos sempre subestimam a inteligência dela.
E eu, que ando com a maior preguiça de blog, mas adoro dar pitacos, vou aceitar o desafio.
Mas se espera uma resposta pronta, não terá. Esse tipo de coisa é mais uma da série “das coisas que não entendo”, mas não custa pensar a respeito.

Bom, qualquer pessoa com mais de cinco anos de idade sabe que nem sempre a verdade é amiga (desconfio que a Maísa, aquela do SBT, descobriu isso mais cedo). Muitas vezes ela é dolorida e quase nunca é diplomática. Sabemos que o outro nem sempre vai gostar do que temos a falar. E então, todos nós – sem exceção – utilizamos de recursos mais suaves: omitimos, usamos daquele “silêncio que fala”, e tentamos nos fazer entender de uma maneira menos dolorosa.

Quando se trata de relações homem-mulher, com todas as conotações romântico-sexuais envolvidas, aí é que a coisa se acentua. Não sabemos se queremos, mas temos certeza de que não queremos perder também. Hoje não tô afim, mas amanhã quem sabe? E tome “mentiras sinceras”. “Tô muito confuso, pra que descartar isso de pronto?" Que tal mais uma porçãozinha de ilusões aí?

E fica-se nesse joguinho de gato e rato, vai-não-vai, dá um passo pra frente, outro pra trás. Até que alguém se passa, exagera na dose, e o que era pra ser só mais uma coisa bobinha, vira uma mentira descarada. E no outro, que só se ilude até onde quer, pisca o alarme: FARSA! “Assim não dá mais, agora subestimou minha inteligência”.

Tem solução? Desconfio que sim. Meio-termo, bom senso. Gurizes, não é pra ser tosco, mas também não é necessário bancar o príncipe, e cagar tudo na próxima oportunidade. Não fiquem brincando de almas gêmeas, se não sabem nem o que querem comer amanhã. Não precisa construir o castelinho pra comer a princesa. Conto de fadas moderno, a princesa geralmente também quer dar (tá, já sei que a tosca agora fui eu!).

Queremos romance (às vezes), carinhozinho, cafuné, uma amaciada no ego, mas só se for verdadeiro, sem falsas promessas. Não tente ser malandro, aquele alarme uma hora soa. E sabe qual é o defeito do malandro, né? Achar que todo mundo é mané.


PS. E aí, companheira (pareço o Lula)? Responder eu sei que não fiz, mas divaguei um monte... hehehe

4 comentários:

marina disse...

Se não sabe brincar não brinca!!!

Leva na manha....

Nem preciso dizer com quem aprendi, né??

Pri disse...

Hummm, muito bom companheira de blog... Acho que deixou o recado que tnha que deixar para os meninos... ADOREI! Mas nada como um dia apos o outro e isso... É FATO!

disse...

Mari, essa frase é "óteeema", se enquadra em váaarios contextos!

Pri, eu escrevi pros meninos porque sou menina, mas serve pros dois sexos.

Saulo disse...

desafio aceito...