terça-feira, 12 de maio de 2009

Mentiras sinceras me interessam - A Réplica

A história das “mentiras sinceras” rendeu um pouquinho. Depois da resposta do meu amigo que informei aqui, foi a vez de um amigo dele se manifestar sobre o assunto. Não tenho nenhum talento pra feminista, muito pelo contrário, sempre defendi que tirando as questões histórico-culturais, na essência, que é o que realmente importa pra nos relacionarmos com alguém, homens e mulheres são muitos mais parecidos do que pensam.

Mas como sou adepta de uma boa discussão, e não gosto de deixar as coisas sem resposta, lá vou eu, mais uma vez, escrever sobre o tema, para rebater/esclarecer algumas coisas que li nos posts dos meninos. Exageros e generalizações, à parte, aí segue o último post meu da série “Mentiras sinceras”.

[...]O que quero dizer é que se o cara está ficando com uma guria e a maldita pergunta: - Nós estamos namorando ou tu só que se divertir comigo? Vem a tona uma resposta simples e sincera. Poderia ser dita sem maiores problemas, esta resposta seria: SIM!!!! Só queremos nos divertir.... É claro que isso não quer dizer que não gostamos de vocês, e depois de algum tempo podemos até ter algo sério, porém nunca poderemos falar algo assim... simplesmente seríamos massacrados e nunca mais olhariam na nossa cara.[...]

Nem todas as mulheres querem namorar, pelo menos não com qualquer um. Pasmem, às vezes também só queremos nos divertir. Não se sintam tão importantes achando que nos aproximamos imaginando o altar e a cor dos olhos dos futuros filhos, e que você é o noivo e futuro papai. Nem todas fazem cobranças e perguntas, se não sabem escolher e precisam de artifícios para terem alguém ao lado, isso não é problema nosso. Se a mulher veio com esse papinho que não te interessa, procure alguma disposta a aceitar (e te dar – sem trocadilhos infames) exatamente o que tu tem pra oferecer. Não seja responsável por aquilo que cativas, seja sincero e bote a responsabilidade no ombro do cativado. Se ela quiser mesmo assim, ótimo: o jogo acabou, tu não precisa mais mentir, e ela não precisa fingir que acredita!

[...]Em ambas situações, o cara vai acabar sendo exacrado, tendo sua idoneidade questionada e causando o ódio e rancor por parte da interlocutora.[...]

Não tenho procuração pra falar pela mulherada, mas acho que muitas concordam que FDP não é o cara que só quer te comer, com isso estamos acostumadas, e a escolha de dar ou não, é nossa. FDP mesmo é o cara que te faz achar que é mais que isso, quando não é. Não influenciem nossa decisão com expectativas falsas. Ao contrário do que vocês pensam, temos até certa admiração pelo cara que deixa claro o que quer (e às vezes nem é preciso dizer), mesmo que não seja exatamente o mesmo que queremos. Quanto aos outros, passado o encanto inicial, provável que nem percamos mais tempo olhando na cara mesmo.

[...] homem não tem medo de se machucar, mas isso é quase uma chave para o sexo, estas palavras seguidas de uma única lágrima solitária correndo pelo canto do olho são mágicos. [...]

Medo de se machucar é tão clichê, que todo mulher deveria andar com cartãozinho na bolsa pra indicar um terapeuta pro moço original que fala isso. Só acreditamos nisso quando queremos, quando achamos que a relação custo-benefício ainda vale a pena, não achem que o mérito é da dupla “medo de se machucar–lágrima no olho”. Essa é a mentirinha sincera mais clássica, e de tão manjada que é, cansa a beleza. É nessa hora que o alarmezinho começa a soar, se já não ta berrando faz tempo.

[...] Portanto mulheres antes que nos colocar na berlinda por nossos comportamentos, dêem uma olhada no comportamento de vocês, e vejam que não é só por nossa culpa que as coisas nem sempre dão certo. Vocês carregam uma parcela importante de culpa sobre tudo isso. [...]

Pra não dizerem que só discordo, ta aí uma afirmação que sou obrigada a admitir: não somos perfeitas e muitas vezes contribuímos com este comportamento, mesmo que às vezes seja só por omissão. Como diria o Fagner, “nós somos cúmplices, nós dois somos culpados, no mesmo instante em que teu corpo toca o meu”...

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