quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Escolhas

Não tinha certeza alguma das suas certezas. Tudo porque entre a coerência e o direto de mudar de idéia, escolheu o segundo. Tudo porque sabia que suas certezas eram meras falácias pra justificar suas vontades. Precisava de algo para explicá-las, algo que a tornasse mais gente e menos bicho, e entre o instinto e a razão, descartou o primeiro.

Porém, entre ter razão e ser feliz, não tinha dúvidas do que preferia, e a razão ficou de segundo plano. Mas sem ela, já não sabia mais o que lhe faria feliz, e, incertamente, voltou-se para o instinto. Confusão, contradição, será que escolhera certo? No meio disso, lembrou-se que ainda podia mudar de idéia: ei, posso ter a minha coerência de volta?

Podia, tinha optado por mudar de opinião a hora que quisesse, mas coerentemente, e sem saber o porquê, desistiu, e seguiu assim: racionalmente incoerente, instintivamente feliz...

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